DIA 20 - AS BOLAS DO F., O DESPEJO E AS DESCULPAS QUE ME DEVEM


Como é do conhecimento geral, sou uma pessoa recatada. Calcularão, então, como é difícil para mim, vir aqui tratar dos problemas que a colega D. me arranja. O que foi hoje? O comentário que fez à crónica de ontem, no qual, injustamente, como começa a ser seu hábito, refere que é já uma constante ter de arrumar o meu material perdido, uma vez que, ao tentar fazer um “listening” (vejam bem o que ela faz nas aulas!!) encontrou um CD de Português de 7º ano e vá de alarido!
Ora importa que a D. esclareça o número de vezes que lhe pedi que arrumasse o meu material. Nunca tal aconteceu! E se minto, que o céu me caia em cima da cabeça! Logo aqui, a colega D. deve-me o pedido de desculpas que acha que eu lhe devo. Quanto ao CD, o que a D. não sabe é que há já dois dias que consigo trazer para casa, tudo quanto daqui levo e eu não levei nenhum CD para a escola. Sei a quem pertence. É da S. G., que nunca perde nada, e que agora terá de se explicar, pois à conta de sua distracção, vejo-me enredada nesta tão lamentável situação.
Posto isto, vamos a contas: a D. deve-me, não um, mas três pedidos de desculpas, quem quiser saber qual é o terceiro, que leia o dia 16 e a S.G. deve-me um, que vai somar ao da Dª C., embora eu já não saiba porquê e ao da D.ª F., que me deve outro, pois nem um gosto pôs na crónica de ontem, onde foi referida.
A D.ª S., essa anda uma simpatia. Fui lá para fazer umas copiazitas, mostrou alguma contrariedade, ao que eu lhe disse logo: “Olhe que eu apago tudo o que disse sobre si!”. A partir daí tem sido um regalo. E se até ontem parecia ter dez braços, agora multiplicaram-se!
Hoje houve ordem de despejo. Há quem tenha um cacifo partilhado, com cão de guarda e tudo e mais uma arrecadação. Não está certo e toca de despejar a tralha toda num cacifo, cujo dono se desconhece. Eu cá sei isto tudo, porque vi a L.C. e outra pessoa (que não digo quem é, porque não me convém) a fazerem as mudanças. Talvez eu tenha tido uma pequena participaçãozita. Mas quase nada.
Aula da tarde, no auge de uma explicação, gotas de suor a lavarem-me o rosto, sublimando o momento:
- Reparem que, na primeira frase, a palavra “bolas” é uma interjeição, já na segunda…
- Mas, “pressora”, as bolas da primeira frase… - diz o F., que interrompo, por me ter interrompido, e com assinalável eloquência, justifico-me:
- Espera só um bocadinho, F., que eu já vou lá à tuas bolas...

Só houve uma reacção. A do F., que me pediu desculpas pela interrupção.

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